Tenho muito carinho por esse Sabbat porque foi o primeiro que celebrei e foi "paixão a primeira vista".
Hemisfério norte: 1º de agosto
Hemisfério sul: 1º de fevereiro
Esse Sabbat, que ocorre entre o Solstício de Verão (Litha) e o Equinócio de Outono (Mabon), marca o fim do Verão e o período em que os frutos dos trabalhos realizados no Sabbat Ostara e no Sabbat Litha são colhidos. Uma época de agradecimento aos Deuses por tudo o que colhemos. Agradece-se ao que foi bom e também ao que pareceu ruim, pois na religião Wicca crê-se que tudo o que acontece na vida faz parte no caminho evolutivo de cada um.
Lammas também é conhecido como Lughnasadh (pronuncia-se lunasá), Luganash, Festival da Primeira Colheita, Véspera de agosto, Festival da Fartura, Sabbat da Colheita ou Festival dos Grãos.
Era também o momento de fazer oferendas aos deuses, pedindo para manter a fertilidade da Terra, assegurando a prosperidade para os próximos meses.
Os alimentos sagrados desse ritual são o pão e o bolo feitos com os ingredientes que possuem os quatro elementos: Terra (grãos, farinha, sal…), Ar (que o permite crescer), Água (origem de toda a vida) e Fogo (ao ser aquecido). Devem ser partilhados como alimento sagrado entre os membros do Coven (família de luz), família e amigos. Os pães devem ser colocados em altares infundidos de luz para aumentar o fluxo da prosperidade em nossas vidas. Outra tradição antiga é a confecção de bonecos de palha (de milho ou trigo), representando os Deuses e a grande Deusa mãe que provê tudo. Esses bonecos eram considerados como amuletos para expansão da prosperidade durante todo o ano, até o Lammas seguinte, quando eram queimados na fogueira do ritual.
As cores tradicionais são o vermelho, marrom, laranja e amarelo
As bebidas são a cerveja, chá de camomila e a cidra.
Os incensos são os de aloe, acácia, rosas e sândalo.
As ervas são a flor de trevo, verbena, arroz, alho, trigo, murta, cebola, manjericão, calêndula, confrei e hera.
As pedras são a olho-de-gato, citrino, aventurina, rodocrosita.
Alguns grãos oriundos desta colheita são guardados para a próxima plantação. Assim, o Deus Lugh poderá ressuscitar na próxima primavera, no Sabbat Ostara.
Como o Deus Sol se sacrifica para que a colheita seja abundante, em algumas semanas seus raios estarão tão fracos que o inverno reinará mais uma vez. Sacrifício é um tema recorrente em Lughnasadh. Tudo o que desejamos ou buscamos só pode ser conquistado a partir de um sacrifício. Mas este sacrifício não é necessariamente algo doloroso ou sofrido, é apenas uma etapa do processo.
Por exemplo, ao plantarmos uma semente, devemos esperá-la germinar. A espera pode ser longa e sacrificante, porém é necessária. Também podemos ver o sacrifício nas faces da Deusa que vê seu filho ceder sua vida para alimentar o povo e fica sozinha até que ele renasça novamente.
Portanto, no Sabbat Lughnasadh é ideal que sejamos gratos à abundância dos Deuses e que também paremos para refletir sobre nossas ações e objetivos, para que possamos passar pelos sacrifícios necessários e para que saibamos esperar pelos momentos certos.
Blessed be!
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