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Páscoa e paganismo

Sabemos que na comemoração da Páscoa há o renascimento de Jesus e que se trocam ovos de chocolate, e que principalmente esses ovos são trazidos pelo coelho da Páscoa. Mas porque os ovos e os coelhos?


A Páscoa foi adaptada e renomeada pelos cristãos do feriado pagão Festival de Ostara, da maneira que melhor lhe convinha na época e assim como a tradição dos símbolos do Ovo e do Coelho. A data cristã foi fixada durante o Concílio de Nicéa, em 325 d.C., como sendo o primeiro Domingo após a primeira Lua Cheia que ocorre após ou no equinócio da primavera boreal, adotado como sendo 21 de março.


Eostre é a deusa nórdica da fertilidade, da aurora, da primavera e do Renascimento da vegetação. Era chamada de “Madrugada radiante”. Era também conhecida pelos nomes: Ostare, Ostara, Ostern, Eostra, Eostur, Austron e Aysos. Os festivais da deusa comemoravam o fim do inverno e o início da primavera, com a volta da fertilidade, vitalidade e alegria.
Segundo a Lenda, Eostre encontrou um pássaro ferido na neve. Para ajudá-lo, transformou-o numa lebre, mas a transformação não ocorreu por completo e o animal permaneceu com a habilidade de colocar ovos. Como agradecimento por ter salvo a sua vida, a lebre decorou os ovos e levou-os como presente para a Deusa Eostre. A Deusa maravilhou-se com a criatividade do presente e, quis então, partilhar a sua alegria com todas as crianças do mundo. Criou-se assim, a tradição de se oferecer ovos decorados na Páscoa, costume que ainda hoje em dia se mantém. Os ovos são símbolos associados a fertilidade e a reprodução, eram usados nos antigos ritos da fertilidade. A lebre é um animal fértil, prolifero e associado a Lua. Ou seja, um animal associado ao feminino, a Grande Mãe e aos instintos de procriação.


A Páscoa sempre representou a passagem de um tempo de trevas para outro de luzes, isso muito antes de ser considerada uma das principais festas da cristandade. Um ritual de passagem, assim como a “passagem” de Cristo, da morte para a vida.

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